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27 de mai. de 2011

Deputado diz que foi linchado por colegas e imprensa

Benjamim Maranhão afirma que interesse de comando da CPI dos Sanguessugas em aparecer na mídia fez prevalecer “palavra de bandido” e reclama de não ter tido direito a defesa


Suplente na Comissão Mista de Orçamento, o deputado Benjamin Maranhão (PMDB-PB) diz que foi vítima de um “linchamento” promovido pela imprensa e pelo comando da CPI dos Sanguessugas ao ser acusado de ter recebido dinheiro do esquema da máfia das ambulâncias. Ele conta que chegou a pensar num primeiro momento em desistir da política, mas que não o fez porque queria comprovar sua inocência.
“Tive meus direitos políticos violados, ninguém teve direito a contraditório. Esses deputados queriam se promover. Pegaram a declaração de um bandido e sem prova e sem qualificação jogaram isso como prova irrefutável”, critica. “Isso gerou sofrimento gigantesco em mim e em minha família. Passei por processo de linchamento pela imprensa. Fui condenado por ela sem ter uma prova ou julgamento sem nada”, acrescenta.
O deputado foi acusado pelo empresário Luiz Antonio Vedoin de ter recebido R$ 40 mil (R$ 25 mil em espécie e R$ 15 mil em depósito bancário) em troca da apresentação de emendas que beneficiaram a Planam. Benjamin Maranhão diz que jamais teve qualquer contato com a família Vedoin. “Não vejo consistência nenhuma nisso. Não cometi nenhum ato de ilegalidade. Não há nenhuma ação minha beneficiando essa empresa”, rebate. Ele alega que não há nenhuma ligação entre seu gabinete e a família Vedoin. “Nunca falei com esse pessoal. Não tem conversa minha ou de assessor meu com essas pessoas.”
Benjamin Maranhão diz não ter informação a respeito do processo a que responde na Justiça Federal de Mato Grosso pelos crimes de quadrilha ou bando, corrupção passiva e contra a Lei de Licitações, onde está concentrada a maioria das investigações sobre os sanguessugas. “Não fui notificado para fazer defesa”, conta o deputado, que é sobrinho do ex-senador e ex-governador da Paraíba José Maranhão (PMDB).



A representação contra o peemedebista não chegou a ter parecer no Conselho de Ética da Câmara na época e acabou arquivada com o encerramento da legislatura. “Apresentei minha defesa à CPI, mas nunca fui ouvido lá. A palavra de um bandido valia mais”, reclama.
O parlamentar também critica a retomada do assunto pela reportagem. “É muito triste ver as pessoas querendo tocar nisso, sem ter uma prova, nada. Isso magoa a família. Não sei o que isso vai trazer de bom para o Congresso. Não tenho mais nada a falar”, afirma. Depois de desistir de tentar a reeleição em 2006, ano das denúncias, Benjamin Maranhão foi eleito em outubro com 95 mil votos.

Fonte: Congresso em foco

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