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28 de mai. de 2011

Marcha da Liberdade chega ao ponto final e reúne mais de 2.000 pessoas

Manifestantes percorreram a avenida Paulista e a rua da Consolação neste sábado

Pelo menos 2.000 pessoas acompanharam o protesto neste sábado em São Paulo

 A Marcha da Liberdade, que passou pela avenida Paulista e pela rua da Consolação neste sábado (28), chegou ao seu ponto final, a praça da República, por volta das 19h deste sábado. Pelo menos 2.000 acompanharam o percurso durante o dia, mas no horário muitos já haviam se dispersado.

Veja fotos da Marcha da Liberdade

Ao chegarem à praça, o grupo combinou e se pronunciou dizendo que devem fazer uma nova marcha pela liberdade no dia 18 de junho e que também vão estar presentes no dia 16 do mesmo mês em frente ao Consulado Espanhol em São Paulo, em mais um protesto.

Na praça da República, manifestantes estavam projetando seus cartazes de protesto em um prédio de São Paulo. A marcha ocorreu sem grandes conflitos e não houve apologia às drogas, conforme combinado com a Polícia Militar

A marcha partiu de seu ponto de concentração, no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), por volta das 16h. Os manifestantes ocuparam duas faixas da avenida Paulista no sentido da rua da Consolação durante toda a tarde. O local foi interditado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Durante o percurso, a polícia fez um cordão de isolamento e monitorou o trânsito na via. O ato foi convocado durante a semana por meio de panfletos e redes sociais na internet, em reação à repressão policial à Marcha da Maconha, no sábado passado, proibida pelo Tribunal de Justiça sob o argumento de apologia ao crime e incitação ao uso de drogas.

Na concentração, manifestantes distribuíam flores para pessoas que passavam pelo local e também para policiais. Em nota divulgada, os organizadores do protesto afirmavam que a marcha iria ocorrer mesmo com a proibição judicial imposta na sexta pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

Decisão da Justiça

Na decisão, o desembargador Paulo Antonio Rossi afirma que o Ministério Público alegou que os participantes "pretendem dissimular o objeto patrocinado pela ‘Marcha da Maconha’, que seria a indução e instigação ao uso indevido de droga frente a uma numerosa parcela da sociedade paulistana".

Rossi disse concordar que a Marcha da Liberdade era um meio de driblar a liminar que proibiu a Marcha da Maconha. Ele ainda esclarece que o mandado não visa a coibir a liberdade de expressão, "mas sim coibir apologia ao crime ou a eventual induzimento no uso de drogas".

Antes de saber da proibição, os organizadores haviam dito que a nova marcha seria "pacífica e festiva" e teria como proposta a ampla defesa do direito de liberdade de expressão. Estavam convidados a participar do ato grupos como Movimento Negro, mulheres que defendem a legalização do aborto e ciclistas que lutam por mais espaço no trânsito da metrópole.

Os policiais militares suspeitos de cometer abuso de autoridade durante a Marcha da Maconha, no último sábado (21), ficarão afastados por tempo indeterminado. Segundo a assessoria de imprensa da PM, a sindicância que foi aberta para apurar o caso não tem prazo para ser concluída.

Veja fotos da Marcha da Maconha 

A corporação não divulgou os nomes dos policiais, que seriam um tenente do serviço de rua e um comandante da Força Tática. O tenente, do CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito), teria sido flagrado por uma emissora de TV ao dar uma rasteira em um manifestante. O comandante da Força Tática foi afastado até o fim do inquérito, por ser responsável pela tropa que atuou na marcha.
Por meio de nota, a PM informou que "os tenentes comandantes da operação foram colocados na realização de atividades internas e administrativas".

Os manifestantes protestavam pela regularização da droga. Por decisão da Justiça, dada na sexta-feira (20), a manifestação tinha sido proibida. Segundo a Polícia Militar, em qualquer momento que houvesse apologia ao uso de drogas, os agentes deveriam intervir.

Fonte: R7

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