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19 de jan. de 2010

SuperVia e sindicato divergem sobre problema em trem no RJ

O presidente do Sindicato dos Ferroviários do Rio de Janeiro, Walmir de Lemos, disse nesta segunda-feira que o maquinista de um trem do ramal de Japeri havia saído para fazer uma vistoria e não estava na cabine enquanto a composição entrou em movimento. Um problema técnico, na manhã de hoje, causou a suspensão da circulação de trens no ramal. Passageiros disseram que a composição andou em alta velocidade entre duas estações.

 Lemos levantou a hipótese de que a partida possa ter sido acionada por algum passageiro. A composição apresentou problema na estação Ricardo de Albuquerque e parou antes de chegar à estação de Oswaldo Cruz. Os passageiros tiveram que descer e andar sobre os trilhos, onde foram resgatados por um trem que vinha no sentido contrário e levados para Deodoro.

De acordo com as primeiras informações, o maquinista teria parado o trem e desembarcado para verificar o problema. O trem teria dado partida sozinho e somente parou nas proximidades da estação Oswaldo Cruz, depois que o maquinista avisou o Centro de Controle. A energia teria sido cortada.

A SuperVia nega que o trem tenha andado sozinho e colhia depoimento do maquinista para apurar os fatos. A empresa afirmou que o atraso não passou de 30 minutos, o que não foi confirmado por passageiros.

Passageiros teriam se ferido


O eletricista Jorge Luis, 39 anos, que estava no trem, afirmou que algumas pessoas se feriram por causa de um tumulto causado pelo desespero dos passageiros. Na confusão, um idoso quase caiu na linha férrea, porque a composição circulava de portas abertas. "O trem parou na estação de Ricardo de Alburqueque e ficou abrindo e fechando as portas. Alguns passageiros saíram da composição, mas eu fiquei porque não houve aviso de avaria. Quem estava do lado de fora viu o maquinista sair e, quando voltamos a andar, todo mundo começou a gritar. Fiquei em um canto esperando pelo pior", disse.

Segundo o eletricista, a concessionária não providenciou socorro médico para os feridos. "Na estação não havia nenhum socorro e os guardas só diziam que não podiam ajudar. Os passageiros foram muito maltratados pelo atendimento da SuperVia", afirmou. Uma passageira identificada como Vanessa Cristina Teixeira, 23 anos,. pulou da composição e sofreu cortes na cabeça. Ela foi levada por bombeiros para o Hospital Carlos Chagas.

Segundo outros passageiros, a composição chegou a desenvolver velocidade de 80 km/h. O desligamento da energia casou problemas também no ramal de Deodoro. Os atrasos chegaram a mais de 40 minutos, o que deixou alguns usuários revoltados.

A Agetransp informou que, tão logo soube dos problemas técnicos, enviou ao local uma equipe de fiscalização para apurar os fatos. O Conselho Diretor da Agência determinou a instauração de processo específico para apurar as causas do incidente e solicitou à concessionária, em 24 horas, todas as informações pertinentes a ele. A SuperVia informou que o incidente causou atrasos na circulação de trens durante toda a manhã no ramal de Japeri.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/transito/interna/0,,OI4212996-EI11777,00-SuperVia+e+sindicato+divergem+sobre+problema+em+trem+no+RJ.html

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