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Os policiais presos na Operação Guilhotina, da Polícia Federal, na sexta-feira passada, serão alvos também de uma Comissão Parlamentar de Inquérito criada na Assembleia Legislativa para investigar o tráfico de armas e explosivos e o uso de armamentos pesados por traficantes de drogas e milicianos.
De acordo com o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que presidirá a comissão, a ideia surgiu durante a investigação da CPI das Milícias, que indiciou 226 pessoas em 2008.
O objetivo é investigar como as armas entram no estado e quem são os responsáveis por esse tráfico.
— Durante a CPI das Milícias, percebemos que o tráfico de armas era um grande problema. O poderio armado de traficantes de drogas e milicianos é o que diferencia o crime do Rio do praticado em outros estados do país. Os armamentos apreendidos durante a ocupação do Complexo do Alemão evidenciaram isso — afirmou Freixo.
Acusados de envolvimento com traficantes ou milicianos, os policiais presos na Operação Guilhotina devem ser os primeiros a serem ouvidos. Segundo o deputado Marcelo Freixo, é certa a convocação do delegado Carlos Oliveira, que foi subchefe da Polícia Civil e titular por oito anos da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (DRAE):
— Esses policiais serão chamados para depor, inclusive o Carlos Oliveira. As prisões reforçam a urgência da CPI — declarou Freixo.
A CPI que vai investigar o tráfico de armas no Rio deve ouvir também estudiosos do assunto, policiais federais, militares do Exército, além de parlamentares que trabalharam na CPI das Armas no Congresso Nacional, como o deputado federal Raul Jungmann, que foi o relator da comissão.
Para o deputado Marcelo Freixo, as armas apreendidas no Complexo do Alemão — em novembro do ano passado durante a ocupação — podem ajudar nas investigações:
— Podemos fazer o acompanhamento da perícia e trabalhar em parceria com o Instituto de Criminalística Carlos Éboli.
O relator da Comissão será o deputado estadual Wagner Montes (PDT). Outros três membros ainda serão indicados pelos partidos. A previsão é de que os trabalhos de investigação comecem antes do carnaval.
Fonte : Extra
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