O Movimento Pró-Democracia (MPD) é um movimento político que surgiu de forma espontânea, pacífica e com caráter totalmente apartidário, no dia 26 de outubro de 2008, após a apuração final das eleições 2008, da cidade do Rio de Janeiro.
Nos reunimos casualmente numa Comunidade do Orkut, manifestamos, ali, toda a nossa indignação com as formas inescrupulosas que alguns políticos usaram para conseguirem se eleger, trocamos informações e, no dia 31 de outubro de 2008, fizemos o nosso primeiro protesto, marcado por mais de 5.000 pessoas, que se concentraram na Cinelândia e galgaram até as portas do TRE para cobrar clareza e justiça nos processos eleitorais.
No dia 9 de dezembro de 2008, o MPD participou também de um manifesto conjunto, no Dia Mundial sem Corrupção que, mesmo debaixo de um sol impiedoso de uma tarde de verão, contou com presenças importantes.
Como a do o cantor Tico Santa Cruz (Detonautas), considerado ,por muitos, um dos músicos mais politizados e inconformados com a atual situação política do país. Inclusive, Tico apoiou o MPD ainda em seu nascimento, convocando a todos, pelo seu blog, para que comparecessem e estando presente na nossa primeira manifestação.
E de Carlos Santiago, um homem que não precisa de apresentações. Teve a filha assassinada, mas não se deteve. Fundou, junto com sua falecida mulher, Cleide Prado, a organização 'Gabriela, sou da Paz', em honra à jovem de 14 anos, morta friamente na Estação do Metrô de S. F. Xavier.
Na ocasião, além dos discursos, o MPD fincou um pano preto no chão, com reportagens coladas nele, falando sobre tudo de errado, no quadro político nacional, dos últimos anos.
No manifesto do dia 18 de dezembro de 2008, fomos responsáveis por uma façanha. Pela tradição, o prefeito que fosse eleito, entraria pela porta da frente da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro (Palácio Pedro Ernesto, Cinelândia), para a cerimônia de diplomação. Nós, do MPD, conseguimos quebrar este protocolo de quase 120 anos, fazendo com que o atual prefeito do Rio entrasse e saísse pelas portas laterais do edifício. Mostra do respeito que o MPD adquiriu até mesmo nos bastidores da política da capital do estado do Rio de Janeiro.
Em 1° de janeiro, mesmo tendo passado a noite em claro, pelos fogos de ano novo, às 8 da manhã estivemos mais uma vez em frente à Câmara dos Vereadores, 'prestigiando' e protestando na posse do prefeito 'eleito pelo povo'.
O cansaço não nos deteve e o bumbo foi o nosso despertador. Éramos apenas 25 pessoas ali, mostrando que uma parte da população não concordou com o resultado e que iríamos, pelos próximos 4 anos, ser a pedra no sapato da nova legislação municipal. Cobrar suas 83 promessas de campanha, fiscalizar e estar por perto em cada deslize, em cada derrapada de seu mandato à frente da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.
O propósito do MPD não é aparecer na mídia. Não é ter 15 minutos de fama. Não é querer ser mais ou melhor do que nenhuma organização já existente, que aborda os mesmos assuntos, há tantos anos. Queremos, do nosso jeito, colaborar, nos unir a essa massa, que está cansada de tanto absurdo, de tanta virada de mesa, de tanta baixaria, tanto dentro, como fora da política.
Queremos contribuir com o nosso grãozinho de areia, nesta batalha, que tanta gente, mesmo os anônimos, travam, todos os dias, em todos os lugares, mesmo dentro de casa, mesmo na internet.
Se somos uma organização de sucesso, só o tempo dirá. Queremos apenas uma coisa, que é nossa de direito: A verdadeira democracia, aquela que não se suja, aquela que está acima de todas as falcatruas. E a que fará o Rio de Janeiro voltar a ser um exemplo para todos os outros estados. Um exemplo de ética, de justiça e de democracia em todos os sentidos. E para todas as classes sociais.
Texto de: Cesar Luiz Vicente Junior - Falso Anjo Lain (Movimento Pró Democracia com colaboração de Sâm (Movimento Pró Democracia).
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